Noite de sono
Fantasticamente adquirido
Me levando a fim de encontrar um lapis
E sublinhar as melhores partes
Também me deu vontade de escrever
E talvez jamais retorne a ler
Passa me a idéia de conhecer mais a pessoa
Que já o leu, isso me soa incrível!
O que sentiu?
O que pensou?
O que levou?
Como seria então ler coisas escritas por mim?
Estaria a pessoa lendo minha mente?
Me atirando pedras?
Acreditando ser tudo literal?
Oras,
Quem nasce poeta também é um fingidor!
Desejo
Desejo tirar você de mim,
Dos meus pensamentos sem fim,
Essa loucura é meu lamento
Enrolada a pouco vento
Me deixou assim,
Com o coração cortado de agonia
Precisando com euforia de você.
Menina Malandra
Menina malandra essa Sophia
Faz a mãe tão desinibida
Ficar tímida
Ao dizer para os amigos
porque come todas as bolachas:
- como assim, porque na minha casa
não tem quase nada!
O sono
Da pestana ardida
Sem coragem de acordar.
Abro só um pouquinho
Mas já volto a fechar.
Sono bom é assim,
Mas já passou da hora de levantar.
Cadê as idéias?
Será que alguém roubou?
Ou simplesmente acabou?!
Esgotou-se com o tempo, atrás da linha do vento
um passarinho me contou.
Pode estar embaixo da cama,
ou escondida na varanda,
esperando por alguma razão,
um pretexto para colocar no papel as coisas do coração.
Por favor volte minha querida,
Nesses tempo tristes ou de alegria...
Já se passaram anos a fio
E eu estou por um pavio...
Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Que aprendi vendo os meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que o arco-íris
Risca ao levitar
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Fim da história
Onde a mocinha do filme
Retoma valores e volta ao ponto de partida
Não está nem feliz nem triste
Apenas sensata
Confiante por sua escolha
Não quer mais viver nas marginais
Quer apenas viver."
A fila
Naquela fila
Onde não se sabe
A vez
Todas as dores se sente
Na fila
De um coração inconseqüente
Displicente
Mais atormentado
Que o meu
Passei a vez.
Resposta
Era coragem, era foco e determinação
Não era intolerância as coisas que saem do prumo
Era força
Não aceito a impotência, a incapacidade e covardia
Luto pelo que quero, pelo que acredito, não espero!
Sou honesta, não invento histórias, nem me escondo
Não sou sazonal, mórbida nem igual
Estar/ficar comigo requer mais do que apenas fé
É renuncia, é esquecer padrões, se reinventar
Entendo que você tinha medo. Também entendi desde o início que você não seria capaz,
Mas apostei e perdi.
...E você que nem conheceu o meu melhor.
Não me atrase.
Monstros
Saudade dói
Cria monstros, mentiras, deforma!Por isso prefiro ficar assim,
Com a minha loucura
A sofrer de saudade.
Não brincava
E a falta que você sentiu
Foi apenas um milésimo do que a música
Que tocou meu coração fez.
Não deixe esse amor virar samba de enredo"
Adeus
“Jamais serei sua amiga, e esse é um verso de Adeus.
Avançamos em terras tão bem escondidas em meu coração...
Entre sonhos e sentimentos verdadeiros, venho até aqui e entrego minhas armas, pois não tenho mais forças nem fé, para seguir por esse caminho.
Você fez a sua escolha, e é aqui que eu desço, não tenho malas nem bagagem, só carrego comigo um coração muito machucado, cansado, magoado, abandonado.
Não tenho pra onde ir, ainda estou tentando respirar e parar de chorar, me sinto menor que minha própria sombra, procuro algo para cortar as raízes que crescem dentro do meu peito apertando ainda mais meu coração, o que existe dele.
E o que mais dói, nem é o abandono, o sentimento de derrota, fracasso ou a rejeição, o que dói é tudo que não fizemos, não passamos, não aconteceu, é aquele dia lindo na praia, o carinho quando eu estiver velha e louca, os dias de bode que ficou do meu lado, é a doação, o meu livro escrito pra você, é o natal com seus pais, é a nossa dança, é a fila de cinema, é o sofá novo, as nossas conquistas, o pé de limão no fundo de casa, os meus desenhos, a nossa casa, a sua dedicação, os meus cuidados, os nossos filhos, a vida.
Eu quis tanto, de todo o meu coração, corpo, alma e mente.”